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Mandetta anuncia compra de 6,5

Mandetta anuncia compra de 6,5 mil respiradores de empresa brasileira em 90 dias.

Publicada em 08 de Abril de 2020 �s 23h34


BRASÍLIA - O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta afirmou, nesta quarta-feira, que a pasta fechou um grande contrato para comprar respiradores com quatro indústrias brasileiras. Uma delas entregará 6,5 mil respiradores em 90 dias, conforme antecipou o GLOBO.

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Segundo ele, esses fabricantes tinham produção limitada e, por meio de uma complexa articulação, expandirão sua capacidade. Mandetta citou especificamente a fabricante Magnamed, mas enfatizou que há outras três indústrias.

— Só Magnamed fechou para 6.500 respiradores para 90 dias. A gente espera começar e, no mês de maio, vamos amentando. E, em 90 dias, temos o suficiente com a Magnamed.

Mandetta afirmou que a pasta desisitiu da compra de 15 ml respiradores na China. Ele destacou que não havia segurança de receber os produtos.

— As compras na China estão praticamente todas não se confirmando. Tínhamos uma proposta de uma empresa para trazer até 15 mil respiradores, ela teria até 30 dias. Poderia chegar no 30° dia e dizer que não poderia. Descartamos essa possibilidade.

Mandetta disse que está contando com parcerias com várias empresas de outras áreas numa "enorme força-tarefa" para viabilizar a produção de equipamentos. Ele citou Klabin, Positivo, Embraer, White Martins e bancos, entre outras.

O diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, afirmou que a meta da pasta é adquirir, em 90 dias, um total de 14 mil respiradores (7 mil de UTI e 7 mil de transporte) fabricados no Brasil. Desse universo, somente os 6,5 mil citados por Mandetta já estão contratados, segundo esclareceu o Ministério da Saúde. Há, segundo Dias, dificuldades para adquirir peças importadas necessárias na fabricação dos aparelhos.

— O grande desafio é a cadeia de suprimento, porque ainda dependemos de peças internacionais, onde inclusive o Ministério das Relações Exteriores também nos auxilia para obtenção e priorização junto dos países fabricantes dessas peças — disse Dias.

Ele detalhou que a compra de 15 mil monitores, 5 mil camas e outros 15 mil respiradores decorria de contratos de importação com a China, mas, diante de problemas enfrentados devido à alta procura pelos equipamentos, a aquisição "provavelmente não se sagrará".

Dias afirmou que o ministério fechou "compras recentes" de equipamentos de proteção individual, sendo 240 milhões de unidades somente de máscaras, junto a um fornecedor da China. Ele disse que serão necessários 14 aviões cargueiros só para trazer as máscaras que a pasta pretende conseguir adquirir.

As compras com fábricas na China têm sido canceladas por fornecedores devido a uma corrida de vários países aos produtos em função da pandemia. Mandetta disse, na última semana, que muitas aquisições haviam "caído" porque fabricantes chineses avisaram em cima da hora que não tinham os itens para entregar, mesmo com os contratos firmados.

O ministro fez uma reunião nesta terça-feira com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, na tentativa de destravar as compras de equipamentos de proteção individual e de respiradores. Saiu do encontro falando em "esforço comum" dos dois países, mas sem uma promessa concreta. A embaixada vem exigindo retratação do governo brasileiro após postagens consideradas ofensivas ao país feitas pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Bolsonaro, e do ministro Abraham Weintraub, da Educação.

Leitos liberados
Mandetta afirmou que até 15 mil leitos serão liberados para pacientes de outras doenças que não precisam de cuidados de maior complexidade. Eles serão obtidos a partir da autorização para hospitais de pequeno porte — que têm de 31 a 49 leitos — receberem essas pessoas, como pacientes em internação crônica e que estão em pós-operatório de menor complexidade. Com isso, os hospitais maiores terão leitos liberados para a Covid-19.

— Queremos "desospitalizar" de nossos hospitais de maior complexidade. E nós estimamos que temos 15 mil leitos para cuidados prolongados. Não vão ser lá atendidos os pacientes de Covid. E um custeio de R$ 186 mil a 294 mil por mês conforme o porte. E o custo da emergência será de R$ 360 milhões. A autorização será feita a partir de solicitação do gestor do local, ou seja, dos municípios — disse Mandetta.

O ministro também disse que poderá ser feito um hospital de campanha para os indígenas:

— Estamos analisando a possibilidade de fazermos um para as comunidades indígenas. Hoje tivemos caso confirmado nos ianomâmi, o que muito nos preocupa. Temos feito retirada de pessoas de helicóptero para poder levar para centros de maior complexidade, procurado fazer isolamento, com toda a dificuldade que é de cultura, de explanação, de língua.

Tags: Mandetta - Compra de respirador

Fonte: GLOBO �|� Publicado por: Da Redação
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