A vida profissional intensa não impedia que Nívea Dulce Tedeschi Conforti fosse também uma dona de casa dedicada, como lembra o marido, o médico ortopedista Wilson Fábio Negrelli.
Filha de um gerente do Banco do Brasil e de uma dona de casa, nasceu em Arapongas (PR), mas passou a infância em São José do Rio Preto (SP), para onde a família se mudou. Lá, formou-se em ciências biológicas na Unesp, em 1975.
Fez mestrado (1985), doutorado (1988) e pós-doutorado no Texas (EUA), em meados dos anos 90, especializando-se em genética do câncer.
Aposentou-se há poucos anos como professora da Unesp. Nos últimos 14 anos, viveu em São Paulo, atuando apenas como pesquisadora.
Como lembra a amiga Nise Yamaguchi, oncologista e pesquisadora da USP, Nívea estudava a forma como os genes trabalham na produção de enzimas que eliminam medicamentos do organismo.
Também participava de congressos, orientava alunos, escrevia artigos e colaborava com revistas científicas. Ajudou a publicar um manual do paciente com câncer.
Em 1997, perdeu o primeiro marido, o arquiteto Paulo Fróes, em consequência de um câncer de fígado. Da união, teve o filho João Paulo.
O atual marido lembra que a companheira, muito ativa, sempre encontrava tempo para se dedicar à casa, ao filho e a si mesma. Era vaidosa.
Cerca de sete anos atrás, teve câncer de ovário. Nise, a amiga, a tratou. Tinha muito medo da doença, mas foi heroica. A doença voltou há aproximadamente um ano. Morreu na terça (1º), aos 57, de complicações de saúde.
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