Pol�cia encerra investiga��o da morte de fam�lia de policiais

Publicada em 20 de Maio de 2014 �s 11h20

�Nove meses ap�s a morte de cinco integrantes de uma fam�lia de policiaIs militares em S�o Paulo, que ficou conhecida como caso Pesseghini, o delegado Charlie Wei Ming Wang, titular da 3� Delegacia de Pol�cia de Crimes M�ltiplos da Divis�o de Homic�dios de S�o Paulo, encerrou as investiga��es e encaminhou � Justi�a, na �ltima sexta-feira (16), o relat�rio final que resume os dez volumes do inqu�rito. Ap�s muitas pol�micas, o caso foi encerrado com a confirma��o de que Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, matou o pai, a m�e, a av� e a tia-av�, e se matou pouco depois de cometer os crimes. Os corpos, encontrados em 5 de agosto de 2013, numa resid�ncia da Vila Brasil�ndia, zona norte de S�o Paulo, eram do garoto Marcelo Pesseghini; da m�e dele, o cabo da Pol�cia Militar Andreia Bovo Pesseghini; do pai, o sargento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Lu�s Marcelo Pesseghini; da av�, Benedita Oliveira Bovo; e da tia-av�, Bernadete Oliveira da Silva. Na �poca, a Pol�cia Civil afirmou que o autor das mortes foi o adolescente Marcelo, que teria se matado ap�s cometer os crimes. Conhe�a, com exclusividade, os detalhes da investiga��o e do relat�rio final: Marcelo — Comportamento As m�sicas ouvidas por Marcelo o definem como f� do MC Daleste, Ironman, Badboys e Cazuza. Nos jogos eletr�nicos, seu preferido era “Assassin�s Creed”, jogo sobre matadores, e os filmes assistidos com mais frequ�ncia eram Cavaleiro Solit�rio, Wolverine, Resident Evil, Django e Dr. Dolittle. Em casa, gostava de praticar tiro ao alvo com uma espingarda de chumbinho. Acertava cabos de vassoura, embalagens de Yakult e animais, o que provocou chamadas de aten��o da m�e, que lhe deu um alvo de isopor para n�o mais machucar os bichos. Marcelo continuou a acertar animais e a m�e retirou a espingarda dele, provocando a ira do adolescente que a amea�ou de morte. O garoto tamb�m sabia atirar com a arma do pai, uma pistola calibre .40, conforme relatos de v�rias testemunhas que afirmam que ele acertava um alvo a oito metros de dist�ncia. Outra habilidade oculta de Marcelo era dirigir, o que, segundo testemunhas, fazia com frequ�ncia instru�do pela m�e, caso viesse a acontecer alguma emerg�ncia m�dica. Entre as brincadeiras praticadas com os colegas de aula e por eles relatadas, Marcelo costumava brincar de esfaque�-los com uma r�gua segurando-a do mesmo modo que o personagem do jogo de videogame “Assassin�s Creed” o fazia. Tamb�m empunhava um esquadro como se fosse uma arma e dizia que tinha o jeito certo de segurar, ou o tranco machucaria o atirador. As brincadeiras chegaram a ser repreendidas por colegas algumas vezes, originando amea�as de morte contra eles. Questionado pela coordenadoria pedag�gica, afirmou se tratar de uma brincadeira. Durante uma dessas brincadeiras, Marcelo confessou a um colega que tentou matar a av� dias antes, mas que n�o conseguiu porque come�ou a tremer e a av� percebeu as inten��es do garoto, que pediu para n�o contar aos pais. A av� concordou desde que ele n�o fizesse mais isso. Segundo os colegas, Marcelo sempre contou seu desejo de matar os pais, se tornar um mercen�rio e fugir para viver numa constru��o abandonada. O Dia das Mortes Por volta do meio-dia do domingo, 4 de agosto de 2013, Marcelo e os pais foram at� um shopping de onde retonaram �s 19h, mesmo hor�rio em que Evaneide, tia de Marcelo, foi visitar a m�e Bernadete e a irm� Benedita (av� de Marcelo) que moravam noutra casa do mesmo terreno da fam�lia Pesseghini. Nessa tarde, Marcelo telefonou para o amigo “M” afirmando que mataria os pais esse dia e perguntou como seria fugir de casa. Em torno da meia-noite, vizinhos escutaram dois estampidos com intervalos de dois a quatro segundos aproximadamente. Em seguida, a luz da sala foi acessa e quase dez minutos depois outros tr�s estampidos foram escutados com intervalos semelhantes aos primeiros. Ningu�m deu import�ncia pensando se tratar do barulho de escapamento de motos. C�meras de seguran�a registrariam depois Marcelo estacionando o carro da m�e por volta da 1h da madrugada da segunda-feira pr�ximo da escola e s� saiu do ve�culo �s 6h para assistir �s aulas. Ele estava com uma mochila nas costas. Na escola Diab�tico, Marcelo nunca deixou de levar lanche na escola, mas nesse dia os colegas perceberam a falta. Durante a aula, confessa ao amigo “R” que matou os pais, mas n�o � levado a s�rio. Minutos depois, faria a mesma confiss�o ao amigo “G”, para quem mostra as chaves do carro e o cart�o de cr�dito da av� e pergunta se ele sentiria sua falta caso morresse. Outro amigo, “A”, toca a cintura de Marcelo e percebe que este carrega algo duro do lado esquerdo. Marcelo diz que n�o � nada. Por �ltimo, informa a uma amiga que est� armado. Nesse dia Marcelo n�o levou o material escolar e disse para colegas e professores que confundiu a mochila com outra de viagem. Em determinado momento, amea�ou os colegas, caso algu�m mexesse nela. Quase ao final das aulas, Marcelo conversou com a zeladora da escola dizendo que iria embora sozinho com autoriza��o da m�e e mostrou as chaves do carro. A zeladora n�o autorizou a sa�da e o encaminhou at� a dire��o. Quando a diretora disse que ligaria para a m�e para confirmar a hist�ria, ele desistiu. No final das aulas, Marcelo saiu com outros dois amigos e caminharam at� o carro estacionado. Ali ele ofereceu carona e mostrou as chaves. Os amigos n�o deram import�ncia. Marcelo retorna � escola e, logo depois, sai de carona no carro do pai de outro amigo. Ele pede para parar ao lado do carro da m�e. Desce, pega o controle da entrada da garagem de casa e retorna ao carro da carona. Ao chegar na resid�ncia, pede para n�o buzinar porque a av� est� dormindo. O adolescente se mataria logo ap�s.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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