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Ucrânia bombardeia área do aeroporto ocupado por separatistas em Donetsk

Publicada em 26 de Maio de 2014 �s 13h00


 Imagem: Clique para ampliar Aviões de combate do governo ucraniano conduziram ataques aéreos contra rebeldes pró-Rússia que invadiram o aeroporto internacional de Donetsk, no Leste do país, nesta segunda-feira. Os confrontos ocorrem no mesmo dia em que o bilionário ucraniano e presidente eleito do país, Petro Poroshenko, afirmou que não vai negociar com separatistas e declarou que apoia a continuação da “operação antiterrorista” na região, o que pode acentuar ainda mais as tensões com Moscou. Ele ressaltou que está aberto ao diálogo com representantes locais, desde que rejeitem a violência. Segundo relatos de jornalistas, jatos sobrevoaram o local e uma fumaça negra saiu de uma das áreas do aeroporto Sergei Prokofiev cerca de duas horas depois de explosões e tiroteios. Uma autoridade disse que paraquedistas pousaram em meio aos confrontos. saiba mais Países que integram o G7 vão adotar novas sanções contra a Rússia Otan reforça proteção terrestre, marítima e aérea no leste da Europa Rússia adverte que ações no leste da Ucrânia podem causar guerra civil Leia mais sobre Crise da Ucrânia — Em resposta, os guerrilheiros abriram fogo com vários tipos de armas — informou um porta-voz da operação das forças ucranianas ao dizer que o prazo para a rendição dos rebeldes já tinha se esgotado. O terminal de Donetsk permaneceu fechado nesta segunda-feira. Um porta-voz disse que dezenas de homens armados assumiram o controle das instalações e se apresentaram como “representantes da República de Donestk”, que proclamou a independência de Kiev. O respaldo de Poroshenko à operação contra separatistas pode prejudicar o diálogo com o governo russo, que reiterou nesta segunda-feira seu pedido para que Kiev suspenda a ação das forças de segurança no Leste do país. O chanceler Serguei Lavrov disse que a Rússia está disposta a negociar com as novas autoridades ucranianas. — Estamos dispostos a iniciar um diálogo pragmático, em pé de igualdade, baseado no respeito de todos os acordos, em particular na área comercial, econômica e de gás, com o objetivo de buscar soluções aos problemas atuais entre Rússia e Ucrânia — afirmou. Após a apuração de metade das urnas, Poroshenko, que tem 54% dos votos, começou a detalhar as primeiras medidas que tomará como chefe de Estado, como avançar na integração da Ucrânia na União Europeia (UE). O bilionário, conhecido como “rei do chocolate”, afirmou que pretende restaurar o controle sobre o Leste separatista com uma operação militar mais eficaz, e disse que iria se reunir com autoridades russas nas próximas semanas para garantir o empenho delas na resolução da crise. — Apoio o prosseguimento da operação, mas quero mudar seu formato. Deve ter prazos mais curtos e ser mais eficiente — disse o futuro chefe de Estado ucraniano, antes de destacar que não permitirá aos separatistas pró-Rússia transformar o Leste “na Somália”, em referência ao país africano devastado por uma guerra civil desde 1991. — Aqueles que não desejam entregar as armas são terroristas e não se negocia com terroristas. O objetivo é transformar Donbass (Leste da Ucrânia) na Somália. Em um gesto de apaziguamento, Poroshenko declarou que aceitaria “qualquer referendo” no Leste, com o retorno da ordem. O quinto presidente eleito da Ucrânia anunciou ainda que sua primeira viagem ao exterior “muito provavelmente” será para a Polônia, em 4 de junho, por ocasião do 25º aniversário da independência do país, onde deve se encontrar o presidente americano, Barack Obama. Futuro presidente quer manter atual governo Durante a entrevista coletiva, ele informou que pretende manter o primeiro-ministro Arseni Yatseniuk à frente do governo e expressou o desejo de que a Ucrânia integre a União Europeia. Questionado repetidamente sobre como iria trazer a paz para o Leste, onde dezenas de pessoas foram mortas em confrontos envolvendo o Exército ucraniano, milícias ucranianas e separatistas pró-russos, Poroshenko disse Kiev resolveria queixas genuínas e forneceria garantias de direito a moradores das localidades, incluindo as de maioria de língua russa. — Um diálogo com todos os moradores de Donbass seria eficaz — acrescentou Poroshenko. Rebeldes tomaram o controle de algumas cidades, que inclui a região carbonífera de Donbass, e impediu que as pessoas votassem nas eleições de domingo. Os separatistas declararam repúblicas independentes no Leste da Ucrânia, após a realização de dois referendos considerados ilegais por Kiev e pelo Ocidente.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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