Abrigo de haitianos no centro de SP vira feir�o de emprego

Publicada em 15 de Maio de 2014 �s 08h07

Em abrigo no Glicério, centro de SP, haitiano apresenta vagas em fábrica em Três Lagoas (MS) �s 10h, a movimenta��o � intensa no p�tio da Igreja Nossa Senhora da Paz. � algo t�o fora do normal que essa parte do dia passou a ser chamada por ali de "a hora do empres�rio", diz o padre Paolo Parise. Desde que os haitianos chegaram ali, no in�cio de abril, enviados pelo governo do Acre, assim � a rotina na rua do Glic�rio, regi�o central de S�o Paulo: grupos se formam ao redor dos representantes de empresas para ouvir propostas de emprego. saiba mais Minist�rio do Trabalho investiga queixa de trabalho escravo envolvendo haitianos Minist�rio do Trabalho investiga queixa de trabalho escravo envolvendo haitianos Haitianos passam fome em S�o Paulo Brasil vai discutir com mais 5 pa�ses situa��o de imigrantes haitianos Leia mais sobre imigrantes haitianos "Quinta-feira foram 60 contratados. Na quarta, 57. Na ter�a, 47. Todos eles com carteira assinada", diz o padre, diretor da Miss�o Paz. At� agora, 50 empresas j� contrataram haitianos no local, uma maioria de homens, jovens e dispostos a "fazer Am�rica", a do Sul. Anchelus Wendel, 25, se encaixa nesse perfil. Com um fone vermelho nos ouvidos e apartado do resto do grupo, diz que um dia quer concluir os estudos. Por ora, pensa mesmo � em conseguir um emprego na constru��o civil. Imagem: Folha Press Em abrigo no Glic�rio, centro de SP, haitiano apresenta vagas em f�brica em Tr�s Lagoas (MS) � o mesmo desejo de Fenitho Duverna, 32. "Sei que posso ganhar entre R$ 3.000 e R$ 5.000 na constru��o. Trabalho com acabamento", diz. Antes de chegar ao Brasil, h� cerca de 40 dias, passou oito anos na Rep�blica Dominicana, onde se formou em administra��o de empresas. "Quero ganhar dinheiro r�pido e trazer minha fam�lia [mulher e duas filhas]", diz. A maioria dos sal�rios oferecidos, por�m, fica bem abaixo do desejo de Duverna: v�o de R$ 800 e R$ 1.300, al�m de alojamento e benef�cios como vale-alimenta��o. Os destinos variam. Muitos v�o para Estados como Santa Catarina e Paran� preencher vagas em frigor�ficos e f�bricas t�xteis. Outros seguem para o interior paulista. CONCORR�NCIA � tarde, os interessados em contratar continuam a chegar. Nem todos sair�o de l� com o objetivo alcan�ado. A expectativa dos haitianos de um sal�rio maior e a concorr�ncia entre os recrutadores podem explicar porque alguns dizem ir embora com menos do que precisam. "Vim para contratar 30. Estou levando 10", diz Jefferson Alves Silva, da Emplal, empresa de embalagens em Tr�s Lagoas (MS). "Vou coloc�-los no avi�o e amanh� [sexta] volto para tentar mais dez." Mesmo depois que os haitianos se v�o, o trabalho da Miss�o Paz, que recebe os imigrantes, continua. Com o Minist�rio P�blico do Trabalho, deve acompanhar a trajet�ria de cada um. O objetivo � impedir que as hist�rias de explora��o desde que sa�ram do Haiti se perpetuem no Brasil. Nove entre dez contam situa��es semelhantes. Chegaram ao Acre via Peru, onde deixam at� U$ 2.000 com "coiotes", que os ajudam a atravessar a fronteira.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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