Piaui em Pauta

-
-

Cabelos x gravidez: o que pode ou não ser feito nos fios!

Publicada em 07 de Junho de 2014 �s 13h00


"Você está grávida e quer pintar o cabelo? Nem pensar!". Qual a gestante que nunca ouviu essa frase? Ela é típica e até quem ainda não é mãe já sabe muito bem que a recomendação para qualquer amiga ou pessoa próxima é sempre a mesma: jamais! Para as mulheres mais vaidosas, não é fácil lidar com as prescrições dessa fase.   Apesar da proibição do produto, ao menos durante alguns meses, elas podem ficar belas, sim. Mas para isso basta escolher os produtos adequados e recomendados para grávidas. Enquanto tinta, escova progressiva e alisamento estão vetados, a boa notícia é que o uso de tonalizante, henna, chapinha e procedimentos como hidratação e nutrição estão liberados. Comemorem, meninas!   "As substâncias presentes nesses procedimentos vetados são prejudiciais. Isso porque a química utilizada pode penetrar no organismo e causar danos ao bebê, seja através da placenta ou do leite materno. As consequências são ainda maiores se alguns desses cuidados com a beleza são feitos nos primeiros meses de gravidez. Especialistas alertam que ainda há riscos para a criança, mesmo depois de nascida, se a mãe aplicar química nos fios durante a amamentação", orienta doutora Inaê Cavalcanti, dermatologista especializada em cabelos.   “Todas essas escovas [de chocolate, mel, açúcar, marroquina etc] são prejudiciais. E quanto aos produtos liberados, só devem ser aplicados após o terceiro mês de gestação", lembra o cabeleireiro do Shades Studio, Elso Camargo. “No entanto, precisam ser livres de amônia - vilão das gestantes - e, assim como o formol, não podem ser inalados", reforça. Por sua vez, mechas e outros procedimentos que só tingem alguns fios, desde que não cheguem na raiz, podem ser feitos, segundo o profissional. "E os produtos com queratina também são seguros durante essa fase, já que trata-se de proteínas que não são tóxicas”, explica Elso Camargo.     Cabelos modificam durante a gravidez   Segundo a dermatologista, a transformação nos fios é comum por causa das alterações hormonais fisiológicas que ocorrem durante a gestação.   Entenda:   - Gestante: “O aumento de hormônios femininos causa um efeito protetor contra a queda de cabelos. Por isso, a maior parte das gestantes tem a impressão de que os fios estão mais fortes e viçosos durante essa fase”.   - Pós-parto: “Durante a amamentação, os fios que não caíram antes acabam caindo entre os 3 e 6 meses após o bebê nascer devido ao stress do parto. O corpo entende como se fosse uma cirurgia ou uma febre alta. Mas, entre as mulheres que não têm nenhum problema de queda ou calvície, esse processo termina espontaneamente logo depois do parto. E esse processo dura cerca de algumas semanas apenas”, explica.   - Queda de cabelo: Se persistir, procure um médico dermatologista. “O profissional realizaráum exame clínico do couro cabeludo e de sangue para investigar as causas da queda. O especialista deverá dar ênfase também na avaliação nutricional para identificar, por exemplo, deficiências como vitaminas, oligoelementos, ferro e proteínas. Essa situação pode ocorrer nessa fase e será necessário fazer a reposição nos casos indicados. Portanto, é possível voltar a ter a mesma quantidade de cabelo de antes”, avisa.   “Entretanto, nas mulheres com tendência a "perda capilar padrão feminino" (calvície feminina) acaba caindo mais do que o normal, e pode ocorrer piora ou agravamento da queda. É frequente nesses casos a queixa de diminuição de volume”, explica a especialista da DOM - Medicina Personalizada.   Evite tratamentos capilares até o terceiro mês de gestação   O cabeleireiro Elso Camargo aconselha não fazer nenhum procedimento capilar no primeiro trimestre. “É uma fase importante de desenvolvimento do bebê, a mãe deve evitar inalar qualquer tipo de produto químico”, comenta. “Muitas das substâncias agressivas que compõem alguns desses produtos, como amônia, benzeno e formol, são absorvidas pelo couro cabeludo, região bastante vascularizada. Pode chegar até o feto, agindo de forma negativa durante a sua formação”, completa a dermatologista.   Alisamento, progressiva e tintura: evite!   Segundo Elso Camargo, os principais procedimentos que devem ser evitados são alisamento, escova progressiva e tintura de cabelo. “Os produtos para fazer alisamento contêm substâncias como tioglicolato e guanidina, além de formol. Essa última compõe vários produtos, então, todas essas escovas [de chocolate, mel, açúcar, marroquina etc] são prejudiciais. São ruins também para as mulheres que estão amamentando, pois o bebê é sensível, sente qualquer alteração”, explica.   “E as mulheres que realizam procedimentos contra a perda capilar devem interromper alguns tratamentos via oral – como os antiandrogênicos, que diminuem o efeito de hormônio masculino - pelo risco de má-formação fetal”, orienta a dermatologista. “O uso de algumas loções de tratamento antiqueda também é proscrito (proibido), enquanto outras são permitidas mesmo durante a gestação”.   Use tonalizante e "henna" durante a gestação   Após o terceiro mês de gestação, produtos para pintar os fios, como o tonalizante, que é eliminado após algumas lavagens, além de henna, podem ser utilizados. “São boas opções para aquelas que não querem abrir mão da aparência e substituem bem a tintura. A henna, por exemplo, é composta por elementos obtidos através da trituração de plantas secas, os quais não interferem no desenvolvimento da criança”, explica a doutora.   “Bom lembrar que elas devem optar pelos produtos livres de amônia, vilão das gestantes, e que, assim como o formol, não pode ser inalado. Outra opção no mercado é uma tintura à base de óleo e gel. Todos esses produtos podem ser usados, mas é aconselhável nunca aplicar próximo ao couro cabeludo”, orienta o cabeleireiro.   Mechas e outros procedimentos que só tingem alguns fios também estão liberados, mas desde que não tenham substâncias prejudiciais para a gestante e não atinjam a raiz. “Para cobrir os fios brancos conte com a ajuda de um profissional. Peça para ele passar o produto apenas nas áreas que deseja cobrir, como uma maquiagem. Nesse caso vai atingir a raiz, mas é preciso remover o produto com rapidez, deixando agir no máximo durante 10 minutos”, aconselha Elso Camargo.   Chapinha, escova, hidratação, nutrição, todos esses procedimentos podem ser realizados. "Com a mudança hormonal, algumas grávidas ficam com os fios mais oleosos, então a chapinha ajuda a diminuir esse efeito. Podem ainda usar xampu de limpeza. Quem ficou com os fios ressecados, pode hidratar. E os produtos com queratina também são seguros durante essa fase, já que trata-se de proteínas que não são tóxicas”, explica Elso Camargo.   “O uso de LED (laser capilar) é permitido mesmo durante a gestação. Após o parto, pode-se iniciar o uso de loções com princípios de controle de oleosidade e antiqueda, além do laser de baixa potência capilar. O uso de xampus adequados auxilia ainda no processo dos casos em que há recomendação médica”,  orienta Inaê Cavalcanti.   Orientações para as mulheres com tendência a perda capilar   Após a interrupção da amamentação, elas podem iniciar o uso de medicamentos que evitam que os cabelos afinem, os chamados antiandrogênicos. “As mulheres que têm predisposição para a calvície podem notar evolução do processo, ou seja, aceleração da perda e redução do volume capilar. Isso persiste até uns 6 meses depois do parto”, garante a dermatologista.   “O eflúvio (perda de cabelos transitória), após o parto, pode funcionar como ‘gatilho’ para precipitar a calvície feminina nas mulheres com essa tendência genética. Há necessidade de cautela e manutenção do tratamento a longo prazo para evitar que ocorra a perda capilar. Sem os cuidados adequados isso evolui de maneira lenta e progressiva”, explica. “Estima-se que mais de 85% das mulheres, em maior ou menor grau, sofre de eflúvio pós-parto, mas se trata de um processo autolimitado, ou seja, não há o risco de se ficar careca somente por conta desse tipo de queda de cabelos”.

» Siga-nos no Twitter

Tags:

Fonte: Vooz �|� Publicado por:
Comente atrav�s do Facebook
Mat�rias Relacionadas
Publicidade FSA
Publicidade FIEPI
Publicidade Assembléia Legislativa (ALEPI)