Publicada em 11 de Maio de 2016 �s 11h44
Com um ano de funcionamento, estrutura diferenciada e modelo de gestão inovador, a Casa de Detenção Provisória Capitão Carlos José Gomes de Assis, situada no km 22 da BR 343, em Altos, é referência em segurança, disciplina e atendimento humanizado aos reeducandos da unidade e familiares desses. Na Casa de Detenção de Altos não existe revista íntima, o que atende às metas de humanização da Secretaria de Estado da Justiça do Piauí. Funcionários, reeducandos e visitantes são revistados com o que há de mais moderno em temos de tecnologia no sistema prisional, como scanner raio-X, raquetes detectoras de metal, pórtico detector de metal, dentre outros equipamentos. Esses procedimentos impedem a entrada de objetos ilícitos, fato que não foi registrado na unidade desde que começou a funcionar. Pela estrutura que tem e pelos procedimentos de segurança adotados na unidade, que se assemelham aos dos presídios federais, a Casa de Detenção de Altos - assim como a Casa de Detenção Provisória de São Raimundo Nonato - são consideradas pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) como duas das melhores unidades penitenciárias estaduais do país. O gerente da unidade, Antônio Gregório da Rocha, destaca que o modelo em segurança é resultado do aparato técnico e de funcionários qualificados. “A unidade é referência em segurança, graças ao trabalho do corpo de funcionários, que dispõe de agentes treinados pelo Depen. Aliado a isso, temos à disposição toda uma estrutura de segurança na unidade, o que contribui para os resultados obtidos durante esse um ano de funcionamento, onde nenhuma ocorrência foi registrada”, explica Antônio. O agente penitenciário Hermogem de Melo Paes afirma que “embora nosso trabalho, enquanto agente, seja prezar pela segurança e disciplina da unidade, mantemos sempre o enfoque na humanização e ressocialização. Trabalhamos para assegurar a reintegração social dos internos à sociedade, com humanidade, disciplina e respeito, valores adotados na Casa de Detenção de Altos”. Para o secretário de Estado da Justiça, Daniel Oliveira, o sistema penitenciário do Piauí tem passado por profundas transformações. "Além das mudanças na modernização da estrutura física das unidades prisionais, também temos avançado na implantação e expansão dos programas que vão desde atendimento à saúde, educação, qualificação profissional e promoção de trabalho entre os reeducandos. Tudo isso, sem dúvida, contribui para o processo de humanização do sistema prisional”, observa o gestor. Humanização Durante as visitas à Casa de Detenção de Altos, familiares são recebidos por profissionais de assistência social, por meio do projeto Acolhendo Vidas, que presta apoio às famílias e aos reeducandos, como forma de dar suporte ao processo de ressocialização, com o fortalecimento do vínculo familiar. A organização e o caráter humanizado dos procedimentos são alguns aspectos que chamam a atenção de William dos Santos, pai de um dos reeducandos da unidade. “Esse sistema de penitenciária eu só tinha visto em filme americano. As assistentes sociais recebem a gente, conversam e dão apoio. Esse sistema é mais louvável para nós e, acima de tudo, para as mulheres, porque não precisam passar pelo constrangimento e humilhação na hora da revista”, diz William. A Casa de Detenção de Altos também dispõe de um sistema de monitoramento de 82 câmeras de segurança, que auxiliam no controle externo e interno da unidade. O sistema, somado aos demais procedimentos rígidos de segurança, contribui para que problemas como tentativas de fugas e motins não ocorram na unidade. Reeducando da unidade há um mês, Allan Santana relata: “reconheço que, se a gente cometeu um crime, temos que pagar pelo nosso erro. Durante o tempo que estou aqui, percebi que a segurança é mais rigorosa, mas em nenhum momento fui destratado por ninguém”.