Piaui em Pauta

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De fevereiro a maio, 209 atendimentos foram realizados. Mais de 20 aparelhos já

Ceir distribui aparelhos auditivos por meio do SUS

Publicada em 28 de Julho de 2015 �s 11h22


  												José Arthur nasceu com deficiência auditiva profunda. 						 (Foto:Ascom Ceir)					José Arthur nasceu com deficiência auditiva profunda. (Foto:Ascom Ceir)

O simples som que uma pessoa faz ao folhear um jornal ou o toque da campainha na casa do vizinho pode ser pouco notado por alguém com a saúde auditiva normal e que ouve desde que nasceu. Mas para uma criança que escuta esses sons pela primeira vez pode ser um momento difícil. Ao mesmo tempo, é um momento de descobertas. “Meu coração está a mil”, declara a dona de casa Lucilene Medeiros ao presenciar seu filho ouvindo pela primeira vez. O pequeno José Arthur, de cinco anos de idade, nasceu com deficiência auditiva profunda. Lucilene explica a sua história: “A mãe nunca quer aceitar que a criança possui alguma deficiência. Quando eu o chamo, ele não atende. Então isso me fez procurar ajuda médica para saber o porquê. Foi quando o diagnóstico comprovou a surdez profunda”, conta. José Arthur não fez o teste da orelhinha ao nascer. O simples teste, feito no tempo correto, três dias após o nascimento, poderia ter evitado o desconforto de ouvir determinados sons pela primeira vez, já aos cinco anos, como o trincado de uma porta e até os seus próprios passos. “Geralmente, o adulto e o idoso chegam aqui ansiosos para ouvir. Já uma criança como o José, que nunca ouviu, não possui esse interesse despertado nela. Ele não está acostumado a ouvir os sons. Daí a importância da reabilitação auditiva”, pondera a fonoaudióloga do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), Marielle Cardoso. O pequeno José Arthur e sua mãe, Lucilene Medeiros, são de José de Freitas e foram encaminhados ao Ceir pela Central do SUS do município para integrar o Programa de Promoção e Prevenção da Saúde Auditiva, do Governo Federal. O Ceir participa do Programa devido à qualificação do Ministério da Saúde como Centro Especializado em Reabilitação (CER) III. Dessa forma, o Ceir está habilitado para a reabilitação de pessoas com deficiências físico-motoras, intelectuais e auditivas. A aposentada Maria dos Remédios, de 83 anos, não conhecia esse novo serviço do Ceir. “Uso aparelho auditivo há 12 anos. Precisando trocá-lo, eu iria comprar um novo aparelho. Foi quando a otorrino que me acompanha avisou que no Ceir eu poderia adquiri-lo via SUS e, ainda, realizar reabilitação auditiva”, comenta. Reabilitação auditiva do Ceir Com uma equipe multidisciplinar especializada, composta por otorrinoralingologista, fonoaudiólogas, assistente social e psicóloga, a reabilitação auditiva do Ceir, que compõe o Programa de Promoção e Prevenção da Saúde Auditiva, do Governo Federal, tem como objetivo atender a pessoa com deficiência auditiva que depende de qualificação de processos e avaliação diagnóstica, tratamento clínico, seleção, adaptação e fornecimento de aparelhos de amplificação sonora individual, assim como acompanhamentos e terapias fonoaudiológicas. Para realizar o tratamento, detectada alguma dificuldade auditiva, a pessoa deve procurar o médico do programa de saúde da família e solicitar uma avaliação auditiva no Ceir. Após passar pela otorrinoralingologista e realizar os exames com a fonoaudiologia, se houver a necessidade do uso de um aparelho auditivo, o paciente terá seu aparelho confeccionado sob medida e receberá orientações para manuseá-lo. “O paciente leva um tempo para se adaptar ao uso do aparelho. Por isso, o Programa garante quatro sessões para pessoas adultas e oito sessões para crianças para que recebam as orientações de uso do aparelho. Esse é o processo que chamamos de adaptação”, pontua a fonoaudióloga do Ceir, Marielle Cardoso. Segundo Marielle, um questionário é aplicado junto ao paciente para monitorar o uso do aparelho, assim como identificar as suas queixas. “O nosso trabalho é fazer com que o paciente tenha qualidade de vida com o uso do aparelho. Que ele se adapte a reconhecer os sons que, em alguns casos, são totalmente novos para ele”, acrescenta. Marielle ainda ressalta que, caso as sessões estipuladas pelo Programa não sejam suficientes para que o paciente se adapte ao uso do aparelho auditivo, novas sessões são solicitadas ao SUS. O Ceir iniciou os atendimentos – que consistem em consultas, exames, terapias e entregas de próteses auditivas – da Reabilitação Auditiva em fevereiro deste ano. De fevereiro a maio, 209 atendimentos foram realizados (segundo estatísticas da instituição). Mais de 20 aparelhos já foram entregues.



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Fonte: Governo do Estado �|� Publicado por:
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