Publicada em 20 de Setembro de 2015 �s 08h40
A Defensoria Pública do Estado do Piauí, através do Núcleo de Solução Consensual de Conflitos e Cidadania- NUSCC, realizou neste sábado (19), um encontro com Defensores Públicos, assistentes sociais e mediadores da Defensoria, para tratar da viabilidade de implantação do Projeto Oficina de Pais e Filhos.
O Projeto já existe em outros países, e que aqui no Brasil foi encampado pelo CNJ, que o adaptou à realidade brasileira. Todo o material está criado, e é disponibilizado a quem tiver interesse, tais como Cartilha do Instrutor, Cartilha do Divórcio para Pais, Cartilha do Divórcio para Filhos, slides e vídeos. O público alvo da Oficina são casais em fase de ruptura do relacionamento e com filhos menores. A Oficina pretende ser um programa educacional e preventivo, com uma abordagem interdisciplinar. Ela se baseia na literatura sobre os efeitos do divórcio e da importância de os pais e demais membros da família buscarem maneiras saudáveis de lidar com o término do casamento ou da união estável. A ideia é que os casais que conseguem lidar de forma positiva com a separação garantem aos filhos um ambiente acolhedor e favorece que eles não apenas sobrevivam, mas que amadureçam positivamente após o divórcio.
O NUSCC pretende encaminhar esses casais para a Oficina de Pais antes mesmo de que os mesmos se submetam à mediação. "Isso porque, entendemos que o que será informado na oficina, são conceitos e ideias que muito ajudarão na construção do futuro acordo. Serão abordados temas como alienação parental, guarda compartilhada, fases do divórcio, bem como dadas explicações sobre as vantagens de as questões familiares serem resolvidas em sede de mediação”, pontuou a coordenadora do núcleo, defensora pública Débora Cunha Vieira Cardoso.
“Esse primeiro encontro foi apenas para que pudéssemos compartilhar ideias sobre a viabilidade do projeto na nossa Defensoria, o que foi muito positivo, uma vez que ouvir as assistentes sociais e mediadoras nos trouxe importantes informações, que certamente serão acrescentadas ao projeto que estamos elaborando para encaminhar à administração superior. Por exemplo, elas alertaram sobre a dificuldade de deslocamento que nossos assistidos possuem, e que isso pode ser um obstáculo às Oficinas. Desse modo, o projeto já contemplará a sugestão de subvenção por parte da Defensoria Pública com relação ao transporte desses participantes. Também foi trazido a ideia de que poderemos, no futuro, fazer parcerias com os CRAS e CREAS, difundindo cada vez mais as Oficinas e fazendo com que essa metodologia chegue a outras pessoas”, informou ainda a Defensora que aproveitou para convidar a todos os defensores públicos que tiverem interesse em participar do Projeto, a entrarem em contato. "todos serão bem-vindos", afirmou a coordenadora.
Participaram desse primeiro encontro, além da coordenadora do NUSCC, Débora Cardoiso, as mediadoras da Defensoria Pública, Lorrena Costa Oliveira e Marcela Leal, as assistentes sociais Cândida Castelo Branco de Vasconcelos Miranda, Mauricema Holanda Nunes, Ana Nery Dias Ribeiro e Teresinha Lisieux Viana de Moura, bem como as servidoras Áurea Carvalho e Juciara de Sousa Santiago, que é coordenadora da Triagem e medidadora judicial. Também participou a psicóloga da Fundação Wall Ferraz, Ana Rosa Carvalho, que ajudou voluntariamente a equipe reunida.