Apoiadores do presidente deposto Mohamed Morsi fazem protesto no Cairo, em agosto de 2013
Nesta segunda-feira (28), o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, mostrou-se preocupado com as sentenças de morte para mais de 680 pessoas emitidas pelo governo do Egito. Ele deve falar pessoalmente com o ministro de relações exteriores egípcio, Nabil Fahmy, sobre este assunto na próxima semana, quando estará em viagem ao país. Imagem: IRIN/Saeed ShahatApoiadores do presidente deposto Mohamed Morsi fazem protesto no Cairo, em agosto de 2013 “Vereditos que claramente falham em cumprir com os procedimentos básicos para um julgamento justo, e especialmente aqueles que impõem a pena de morte, muito provavelmente ameaçam as perspectivas de estabilidade em longo prazo”, declarou. Esta é a segunda decisão judicial desse tipo. A primeira, em 24 de março, condenou a morte 529 indivíduos por, entre outras acusações, participação em uma organização ilegal (a Irmandade Muçulmana), incitação à violência, vandalismo e o assassinato de um oficial de polícia – todas denúncias ligadas às agitações sociais de agosto de 2013, que culminaram na queda do governo de Mohamed Morsi. Ban Ki-moon ressaltou também as implicações regionais de tais sentenças, notando que a estabilidade do Egito é fundamental para a de todo o norte da África e do Oriente Médio.