Os Estados Unidos chamaram nesta segunda-feira de ilegal o referendo realizado no domingo no leste da Ucrânia, e afirmaram que a iniciativa constitui um fator de "divisão e desordem".
"Não reconhecemos o referendo ilegal", declarou a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jennifer Psaki, em referência às votações organizadas por militantes pró-Rússia em 11 de maio nas regiões de Donetsk e Lugansk. saiba mais Resultado de referendo deixa indefinido o futuro do leste da Ucrânia Com mortos dos dois lados, Ucrânia caminha rumo à guerra Ucrânia: combates intensos deixam mortos em Slaviansk Dezenas morrem em incêndio no Sul da Ucrânia após conflitos Ucrânia lança ofensiva para retomar cidade ocupada Leia mais sobre Crise na Ucrânia
A diplomata destacou que a consulta é "ilegal segundo a legislação ucraniana", e que representa "uma tentativa de criar mais divisão e desordem" no país.
O governo também criticou a metodologia utilizada no referendo, acusando os separatistas de contarem votos de crianças, pessoas ausentes e eleitores de Moscou.
A Rússia pediu nesta segunda que o resultado do referendo seja respeitado, e incentivou o diálogo com os separatistas, no momento em que a União Europeia anunciava novas sanções contra russos e ucranianos.
UE ameaça Rússia com novas sanções após referendo "ilegítimo"
O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, declarou nesta segunda-feira que os referendos separatistas realizados no leste da Ucrânia são "ilegítimos" e garantiu que Bruxelas está disposta a impor novas sanções contra a Rússia.
"Nós não reconhecemos os chamados referendos de ontem (domingo). São ilegítimos e não têm credibilidade", declarou Van Rompuy durante uma coletiva de imprensa em Kiev.
"Se a Rússia não ajudar a acalmar as tensões, a UE está disposta a adotar medidas adicionais de grande alcance em várias áreas", ameaçou.