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Ex-diretor da Petrobras nega existência de organização criminosa

Publicada em 10 de Junho de 2014 �s 14h00


 O tão aguardado depoimento do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa à CPI da Petrobras nesta terça-feira deve durar menos de duas horas. Antes mesmo das primeiras perguntas, Paulo Roberto negou que tenha cometido qualquer irregularidade na Petrobras e criticou a imprensa pela divulgação de acusações contra ele. - Disseram que a Petrobras era uma casa de negócios, que tinha organização criminosa na Petrobras, repudio isso veementemente . Muita coisa foi dita de forma antiética, sem provas - afirmou. saiba mais CPI mista aprova convocação de Paulo Roberto e Alberto Youssef Relator quer convocar Paulo Roberto, Youssef e Cerveró para depor na CPI CPI mista será comandada pelo mesmo presidente da CPI do Senado CPI mista da Petrobras será instalada nesta quarta-feira, diz Henrique Alves Senador tucano diz que tempo vai impedir "investigação de verdade" na Petrobras Leia mais sobre CPI da Petrobras A sessão começou às 10h18. O ex-diretor está sendo interrogado por senadores da base governista. Parlamentares da oposição, que criticam a CPI por alinhamento com o governo, não participam da sessão. Paulo Roberto defendeu a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. A Petrobras pagou mais de US$ 1,3 bilhão. Pouco antes de vender a empresa para a estatal brasileira, a belga Astra pagou US$ 45 milhões pela refinaria. Segundo Paulo Roberto, a Petrobras precisava de uma refinaria nos Estados Unidos, maior mercado consumidor de gasolina. Essa seria uma maneira de aumentar a exportação de derivados ao invés de vender ao exterior apenas petróleo. - Você ter uma refinaria nos Estados Unidos era extremamente positivo para a Petrobras. Naquele momento era um bom negócio (a compra de Pasadena) - afirmou. O ex-diretor disse que, de fato, o resumo do contrato, base da aprovação do negócio pelo Conselho da Petrobras, não continha as cláusulas put option e Marlin, conforme disse a presidente Dilma Rousseff. Mas, ao contrário da presidente, ele entende que o contrato seguia um modelo padrão e, com ou sem a menção às cláusulas, a compra deveria ser mesmo aprovada. - Independente dessas cláusulas, put o option e Marlin, foi um bom negócio - afirmou O ex-diretor negou que tenha ocorrido fraude nas obras de construção da refinaria Abreu e Lima. Segundo ele, o único erro aconteceu quando a Petrobras anunciou, em 2005, que a refinaria custaria US$ 2,5 bilhões. Hoje o projeto está orçado em US$ 18 bilhões. Paulo Roberto argumenta que a Petrobras divulgou uma estimativa de custo antes de elaborar o primeiro projeto de construção da refinaria e três anos antes do início da licitação. - Não houve má-fé, não houve erro técnico. Houve erro de divulgar um dado que era extremamente preliminar - afirmou. REFINARIA DE ABREU E LIMA Paulo Roberto também culpou a PDVSA, a estatal de petróleo da Venezuela, pelo atraso e pela ampliação do projeto inicial da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. Segundo ele, a empresa venezuelana demorou três anos para informar à Petrobras as características do petróleo que seria refinado. O tipo de petróleo, menos apropriado à produção de gasolina, obrigou a criação de um projeto com dois trens, ou unidades, de refino. A ideia inicial da Petrobras era equipar a Abreu e Lima com uma unidade de refino. - O projeto da Abreu e Lima , ao invés de ter que ter um trem, teve que ter dois trens de refino, que não era na previsão inicial. Outro prejuízo não teve. A Petrobras precisava da refinaria - afirmou. Paulo Roberto traçou um histórico desde o momento que entrou na Petrobras por concurso público até quando deixou a empresa em 2012. Ele está acompanhado do advogado Nélio Machado. Segundo o relator da CPI, José Pimentel (PT-CE), o interrogatório do ex-diretor terá que ser encerrado ou suspenso às 12h30, quando começa uma sessão do Congresso Nacional. O relator não vê problema na brevidade do depoimento. Paulo Roberto é um investigado pela Polícia Federal por supostamente facilitar negócios da Petrobras com empresas indicadas pelo doleiro Alberto Yousseff. - Duas horas de sabatina é um tempo razoável - disse Pimentel.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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