Barbosa na última do sessão que participou no Supremo, na semana passada: gabinete do presidente informou que o adiamento tem como objetivo propiciar uma transição mais tra
Imagem: O GloboBarbosa na última do sessão que participou no Supremo, na semana passada: gabinete do presidente informou que o adiamento tem como objetivo propiciar uma transição mais tranquila
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, encaminhou um ofício na tarde desta segunda-feira ao Ministério da Justiça solicitando o adiamento de sua aposentadoria no tribunal. A documentação para a saída de Barbosa chegou ao Ministério na semana passada para avaliação das questões burocráticas, como o cumprimento do prazo necessário para a aposentadoria. Agora, o presidente solicita que sua exoneração, que deve ser assinada pela presidente Dilma Rousseff, seja efetivada apenas no dia 6 de agosto.
Com o adiamento, Barbosa permanecerá à frente do Tribunal durante o recesso do Judiciário, que vai até 31 de julho. Ele não participará, porém, de mais nenhuma sessão plenária na Corte porque a primeira depois do retorno ocorrerá justamente no dia 6. Na semana passada, o presidente saiu do plenário sem se despedir dos colegas, quebrando uma tradição do STF que sempre tem a saída de seus integrantes precedidas de discursos de outros ministros, de um representante do Ministério Público e de outro da advocacia. saiba mais Barbosa participa nesta terça da última sessão como ministro do STF Estou de saída, não estou nem aí, diz Barbosa sobre debate de cota no CNJ Mensalão sai da minha vida, afirma Barbosa após anunciar saída do STF Barbosa devolve parte de diárias de ida à Europa Joaquim Barbosa é hostilizado por militantes do PT em bar Leia mais sobre Joaquim Barbosa
Segundo o STF, o gabinete do presidente informou que o adiamento tem como objetivo propiciar uma transição mais tranquila e fora do período de férias dos outros ministros. Barbosa deverá ser substituído por Ricardo Lewandowski, que já assumirá interinamente a Corte quando a saída for oficializada.
Barbosa teria ainda mandato de presidente até novembro e poderia permanecer na Corte até 2024, quando completará 70 anos. Ele ficou 11 anos na Corte e teve como principal processo o julgamento do caso do mensalão. Após já ter anunciado que deixaria o cargo, optou por deixar também este processo argumentando que advogados agiam politicamente no processo. Ele pediu a abertura de uma ação penal contra Luiz Fernando Pacheco, que defende José Genoino, após um bate-boca entre os dois no plenário. Segundo um segurança do STF, o advogado teria dito que daria um tiro no presidente da Corte. Pacheco nega ter feito qualquer ameaça.