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Justiça determina 70% do efetivo trabalhando em greve do IBGE

Publicada em 05 de Junho de 2014 �s 17h10


Uma liminar concedida pela Ministra Assusete Magalhães, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou que 70% dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) continuem trabalhando em cada unidade da instituição durante os dias de greve. Em caso de descumprimento, o sindicato nacional (ASSIBGE) pode pagar multa diária de R$ 100 mil. Segundo a diretora-executiva do ASSIBGE-SN, Ana Magni, no entanto, até 14h50 desta quinta, o sindicato não havia sido notificado, mas irá recorrer quando receber o documento. “Não fomos notificados ainda, mas vamos recorrer sim. A direção está tratando de divulgar isso na tentativa de desconstruir o movimento. Nós vamos questionar juridicamente [a decisão]. Engraçado porque dizem que não atingiu mais de 18,20%, mas buscam a Justiça. Eles estão falando [com essa liminar] que nosso trabalho é importante e que não pode ser feito de qualquer maneira”, afirmou Ana Magni. A decisão do STJ foi tomada nesta quarta-feira (4), após pedido feito pelo IBGE e apresentado pela Procuradoria Geral Federal. Segundo o instituto, ele foi feito para "assegurar a manutenção das atividades essenciais geocientíficas e estatísticas, indispensáveis ao atendimento da sociedade". Ainda de acordo com o IBGE, o “contingente mínimo de 70% é fundamental para assegurar a manutenção dessas atividades, em virtude da complexidade da produção em todos os seus níveis, que envolve a coleta de dados em campo, codificação, transmissão, processamento e armazenamento, análise e validação para disseminação dos resultados finais para os cidadãos”. Greve desde o dia 26 O sindicato estima que cerca de 70% da categoria aderiu à greve, que começou em 26 de maio. Nesta terça-feira (3), o instituto informou que a paralisação continuava parcial e que havia atingido 18 unidades estaduais, além das unidades da sede, Parada de Lucas, Canabarro e Chile, situadas no Rio de Janeiro. Afirmou ainda que a adesão havia sido de cerca de 22% dos trabalhadores em todo o país. “Nós gostaríamos que a direção estivesse aproveitando esse momento para sair em defesa do IBGE. Mas está saindo contra os trabalhadores e, portanto, contra a instituição”, disse a diretora do sindicato. Segundo o IBGE, a adesão ocorreu nos estados de Alagoas, Amapá, Amazonas, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Bahia, Acre, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão, Pará, e Distrito Federal. No entanto, o calendário de divulgação está mantido, afirmou o órgão. O sindicato reivindica que o IBGE seja tratado como órgão de Estado e não de governo. Os servidores pedem ainda autonomia técnica, reforço no orçamento condizente com plano de trabalho, valorização salarial e patamar do ciclo de gestão. Impacto nas pesquisas Em defesa da manutenção das atividades, o instituto ressaltou, em nota, que “as informações de curto prazo produzidas pelo IBGE são cruciais nas ações tomadas pelos agentes públicos e privados, decisões essas que afetam o desempenho e análises das atividades econômicas, bem como todas as relações contratuais da sociedade”. Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE (Coren), responsável pela divulgação da PNAD Contínua e da PME, Cimar Azevedo, não era possível prever, nesta terça, se a greve provocará impacto nas pesquisas. Ele, no entanto, não descartou o efeito da paralisação no resultado das análises. “Não posso prever. Eu tenho que ver depois que terminar tudo, fechar tudo, até quando entrará no processo mesmo de apuração, fechamento, ou mesmo antes, quando a gente começar a ver que o aproveitamento da mostra de ambas as pesquisas estão sendo comprometidas”, explicou. “Por enquanto, o que estamos acompanhando, tirado ontem [segunda-feira], nas duas bases que eu olhei, a gente não tem efeito nem na PME, nem na Pnad Contínua. Isso são resultados que são os primeiros e podem ter efeito porque dentro do processo de pesquisa, tem picos de coleta. Elas têm divisões, que pode ser que o dado que tenha olhado tenha influenciado e eu não estou percebendo. Mas o que você olha hoje, não mostra risco nessa coleta. E a gente vai torcer para que isso não aconteça”, completou Azevedo.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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