Piaui em Pauta

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Para 73%, protestos geram mais prejuízos do que benefícios

Publicada em 22 de Maio de 2014 �s 07h24


 Com a greve de motoristas e cobradores de ônibus em São Paulo, o humor dos paulistanos em relação aos protestos em geral parece ter entrado em acelerada mutação. De cada 10 moradores da cidade, 7 afirmam que os protestos geram mais prejuízos que benefícios. Seja para eles mesmos (69%), seja para o conjunto da sociedade (73%). saiba mais Milhares de afegãos protestam contra queima do Alcorão Donos de veículos danificados em protestos poderão ser ressarcidos Leia mais sobre Protestos São números altos. Em levantamentos anteriores, essas avaliações críticas nunca haviam predominado. Apesar disso, ainda há uma estreita maioria, 52%, que apoia as manifestações. Os dados são da pesquisa Datafolha realizada na terça (20) na cidade, no primeiro dia da greve de ônibus que tumultuou todo o sistema de transporte no município. Conforme a amostra, esses resultados são comparáveis com os de duas pesquisas de 2013. Uma feita em junho, logo após a explosão da enorme onda de manifestações pelo país, outra em setembro. Nas duas ocasiões anteriores, o apoio dos paulistanos aos protestos era bem maior. Em junho, 89% aprovavam. Em setembro, 74%. Há, porém, diferenças entre os protestos de junho e o que começou na terça (20). No ano passado, milhares de pessoas de diferentes origens iam para as ruas com um leque diversificado de interesses: redução das tarifas do transporte, fim da violência policial, melhoria da educação e da saúde e combate à corrupção, entre outros. Os atos de 2013 começaram sob a coordenação do Movimento Passe Livre, mas aos poucos, conforme cresciam, essa liderança ia se diluindo. A cidade parava por causa das enormes passeatas. Agora, o protesto foi feito por um grupo específico: empregados de empresas de ônibus. O interesse declarado –frustração com um reajuste de 10% do salário– diz respeito só à categoria. E a liderança do movimento, pelo menos até agora, é clandestina, já que a diretoria do sindicato não tem relação com a greve. Outra diferença: o que faz a cidade parar não são as pessoas na rua, mas os ônibus estacionados de forma a bloquear algumas vias. COPA O Datafolha também investigou temas relacionados à realização da Copa do Mundo no Brasil neste ano. O dado que mais chama a atenção é o alto percentual de paulistanos que acreditam haver corrupção na organização do evento, 90%. Os paulistanos estão divididos em relação à conveniência de fazer a Copa no Brasil: 45% são a favor; 43%, contra. Como a margem de erro é de quatro pontos (foram ouvidas 819 pessoas), trata-se de um empate técnico. Já a condição do país para sediar o evento é menos controversa. Para 76%, o Brasil não está preparado para sediá-lo. E, para 66%, o torneio irá trazer mais prejuízos que benefícios para o país. Quando o assunto é a possibilidade de protestos durante o Mundial, porém, muitos mudam de lado. Nesse caso, 63% afirmam ser contra as manifestações. Um alívio para as autoridades apavoradas com essa hipótese? Nem tanto. Para 76%, os protestos contra a Copa irão aumentar até lá.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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