Pol�cia usa bomba de efeito moral para dispersar torcedores na Vila Madalena

Publicada em 02 de Julho de 2014 �s 07h40

Torcedores dispersam após policiais dispararem bombas de efeito moral na Vila Madalena, em SP Imagem: Folha PressTorcedores dispersam ap�s policiais dispararem bombas de efeito moral na Vila Madalena, em SP� A Pol�cia Militar disparou uma bomba de efeito moral na madrugada desta quarta-feira na Vila Madalena, bairro bo�mio na zona oeste de S�o Paulo, para dispersar torcedores brasileiros e estrangeiros, em sua maioria argentinos que celebravam a vit�ria do pa�s sobre a Su��a pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Por volta da 1h50, cerca de 220 policiais e cem ve�culos –entre carros e motos da PM– iniciaram uma opera��o de dispers�o no acesso � rua Aspicuelta. saiba mais Copa v� mata-mata inverter tend�ncias de zebras e polariza Am�ricas e Europa Pol�cia investiga com�rcio ilegal de ingressos na CBF Cinco prorroga��es nas oitavas da Copa-14 s�o um recorde hist�rico Argentinos v�o � loucura em Buenos Aires com gol de Di Mar�a B�lgica bate EUA na prorroga��o e pegar� Argentina nas quartas Leia mais sobre Copa 2014 Com sete viaturas e motos, os policiais formaram um cord�o de isolamento que foi abrindo espa�o para a passagem de um caminh�o de limpeza. �s 2h, outro grupo de viaturas veio atr�s com sirenes ligadas. Acuados, torcedores disparam roj�es. A PM respondeu com uma bomba de efeito moral. "N�o era aqui a festa da Copa. � assim que voc�s lidam com os visitantes?", disse no meio da confus�o uma torcedora argentina. Correndo do cerco, um torcedor americano com a bandeira dos EUA e os olhos lacrimejando disse: "bem que o governo americano nos alertou sobre a viol�ncia da PM. O povo brasileiro � muito gentil, mas porque tratar a gente dessa forma. S� estamos festejando a Copa". Major Franciscon, que comandou a opera��o, disse que a PM s� lan�ou a bomba de efeito moral ap�s os torcedores lan�arem garrafas contra a tropa e estourarem dois roj�es. Ele fez um balan�o positivo da a��o, que foi decidida junto com representantes do poder p�blico municipal e estadual, entre eles For�a T�tica, PM, GCM, fiscais do Psiu, subprefeitura de Pinheiros, Defesa Civil e SPTuris. Segundo Franciscon, o prop�sito da opera��o foi garantir os direitos dos moradores e das pessoas que trabalham na regi�o, al�m de impedir o com�rcio de drogas, a��o de ambulantes, depreda��o de patrim�nio p�blico e privado e atos libidinosos. Ele estima que mais de 2.500 pessoas participaram da festa no bairro. A empresaria Cristiana Santos, 33, que acompanhava a festa no bairro, disse achar rid�culo a a��o da PM. "As pessoas est�o s� curtindo a noite paulistana. Essa a��o s� causa uma p�ssima imagem do Brasil l� fora." "Expulsaram a gente de forma indelicada e agressiva", disse a agente de aeroporto Eliana Silva de Jesus, 32. J� Tais de Paiva, 20, funcion�ria da empresa que realizava a limpeza da rua, disse que "a pol�cia s� fez barulho pra dispersar a multid�o. N�o houve viol�ncia nem excessos". Durante a dispers�o, o professor de matem�tica F�bio Greg�rio reclamava aos berros e apontando o dedo para a policiais e guardas civis municipais. " N�o tinha quebra-quebra, n�o tinha tumulto, voc�s est�o errados. Eu vou embora junto com os argentinos", gritava. O argentino Zurdo Ibarran dizia com bom humor que os policiais estavam bravos porque Maradona � melhor que Pel�. "N�o tinha viol�ncia, est�vamos cantando ela Argentina", disse. Ibarran pedia dicas de bares � reportagem da Folha para terminar de curtir a noite. Por volta das 2h30, um grupo de argentinos se dispersou para o cruzamento da Mourato Coelho com a In�cio Pereira da Rocha, onde continuaram a festa. No local, dois argentinos pularam em cones da CET cantando, enquanto um terceiro batia outro cone com for�a na rua. O grupo finalmente se dispersou com a chegada de homens da For�a T�tica da Pol�cia Militar. Eles seguiram caminhando pela rua Mourato Coelho perguntando a brasileiros onde poderiam terminar de curtir a noite. Passava das 3h quando um grupo de garis festejava "hoje eu vou dormir mais cedo". Enquanto isso, um taxista que transportava um turista peruano gritava do interior do carro na rua In�cio In�cio Pereira da Rocha: " algu�m a� fala espanhol?". Visivelmente embriagado, o turista n�o sabia dizer o endere�o para onde queria ir e sequer lembrava o nome do hotel onde estava hospedado.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:

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