Publicada em 12 de Agosto de 2012 �s 16h05
A diretora do Programa de Desenvolvimento do Artesanato Piauiense (Prodart), Francisca Lemos, esteve reunida com duas gestoras do Programa Mulheres Mil, que funciona no campus Piripiri do Instituto Federal do Piauí (IFPI). O encontro teve como objetivo discutir uma parceria quanto à realização de cursos de artesanato para as mulheres que fazem parte do projeto.
O Programa Mulheres Mil atende 50 mulheres das comunidades Germano, Vista Alegre e Salgado. O grupo trabalha vários tipos de produtos utilizando restos de tecidos das fábricas, como bonecas, pesos para portas, almofadas e colares.
Francisca Lemos visitou o município no último sábado, a convite de Joselma Lavôr, uma das participantes da reunião, para conhecer o trabalho desenvolvido e conversar com as mulheres atendidas. Durante a visita, a diretora foi questionada a respeito da emissão de carteiras profissionais.
“Elas demonstraram muito interesse pelas carteiras. Mas eu expliquei que nem todos os trabalhos manuais são considerados artesanato. Então, como esse é um trabalho importante, a nossa intenção é firmar uma parceria para ministrar cursos, para que essa aptidão se transforme em artesanato. Com a qualificação poderemos emitir a carteira de artesã para essas mulheres, que terão direito a todos os benefícios que ela oferece, como participação em feiras e exposição dos produtos na loja do Prodart”, explicou Francisca Lemos.
A princípio serão ofertados três cursos, todos utilizando a matéria prima que elas já trabalham: pintura em tecidos, bijuterias e bordados. O Prodart irá ceder os instrutores que farão a capacitação das mulheres do Programa Mulheres Mil. A ideia é trabalhar até 20 mulheres por turma.
Joselma Lavôr diz que o programa é de grande importância para tirar essas mulheres da situação de vulnerabilidade social e que, com a parceria, o trabalho delas pode ser uma fonte de renda. “Esperamos levar para Piripiri uma nova cultura, abrangendo toda a riqueza de artesanato que temos no nosso Piauí, e valorizar os saberes que essas mulheres já adquiriram, através da experiência vivenciada no Ifpi. Buscamos desenvolver o lado artesanal dessas mulheres, porque elas já vem apresentando habilidades nos fazeres manuais”.
“Precisamos dessa parceria para torná-las artesãs de fato. Em Piripiri há uma carência de profissionais na área, de mão de obra especializada”, enfatizou Sabrina Santos, que também participou da reunião.