Publicada em 27 de Maio de 2014 �s 14h11
Desenvolvimento tecnológico, inventividade e empreendedorismo. Esses são os principais elementos do Programa Lagoas Digitais, desenvolvido pelo curso de Computação da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), que funcionará no intuito de promover o estudo e a execução de novas tecnologias, além de dar incentivo ao surgimento de novas empresas baseadas em aplicações tecnológicas.
O nome do Programa faz alusão ao local onde será instalado, na região próxima ao Parque Lagoas do Norte. “A preocupação do Lagoas Digitais é que as ações sejam integradas aos interesses da comunidade. Por isso, iremos realizar uma série de ações que irá trazer os jovens que têm interesse em trabalhar com tecnologia. Também fomentaremos a instalação de novas empresas, através de uma incubadora para novos empreendimentos de base tecnológica”, explica José Bringel Filho, um dos coordenadores do projeto Lagoas Digitais e professor PhD de Computação da Uespi.
O Jovem Inovador é o programa responsável por capacitar os jovens. O curso objetiva formar pessoas de 17 a 29 anos de idade, com conhecimentos necessários para que consigam desenvolver novas soluções tecnológicas, sejam por aplicativos ou automação comercial. O programa terá duração de um ano, sendo os primeiros seis meses de formação voltada às áreas de conhecimento como administração, empreendedorismo e tecnologia.
Já, a sessão destinada aos processos de incubação funcionará estimulando a criação e desenvolvimento de novas empresas de base tecnológica, por meio da oferta de infraestrutura, capacitação tecnológica e gerenciamento para novos empreendedores.
“Esse projeto está bem maduro para que seja um sucesso. A Prefeitura cedeu o prédio, via Secretaria do Planejamento (Seplan), e através da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico (Sedet) teremos bolsas para auxiliar na aplicação dos projetos. A Agência de Tecnologia da Informação do Estado (ATI) também contribuirá para o Programa. As empresas interessadas passarão por seleção, através de edital público, e serão selecionadas de acordo com a viabilidade do projeto. Todo o processo de incubação pode durar até 18 meses”, ressaltada o professor José Bringel Filho.
Outros projetos tecnológicos de sucesso dão credibilidade a esse mais novo desafio encabeçado pelo curso de Computação da Uespi. O aplicativo De Olho no Placar, criado para facilitar a contagem de pontos em partidas de badminton será utilizado no torneio internacional de Badminton, em Foz do Iguaçu, em junho.
Um aplicativo para ajudar a traçar rotas inteligentes dos ônibus da capital também está em fase de aplicação, além do projeto de colmeia capaz de informar e manter a umidade e temperatura dos criatórios de abelhas, o que potencializa a geração de mel. No setor de tecnologia, inventividade é o que não falta.
O Programa Lagoas Digitais prevê que a cada ano exista capacitação de 40 alunos através do curso Jovem Inovador, e oito empresas incubadas presenciais e duas por processo de incubação à distância. “Esse é o momento que a Uespi está colocando a cara para a comunidade e mostrando que pode atuar na geração de benefícios diretos para a sociedade. Iremos aliar a criatividade dos pesquisadores ao retorno social e financeiro para a comunidade”, finaliza o professor.