Piaui em Pauta

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O projeto prevê a fabricação de 20 secadores móveis que irão atender assentament

Programa prevê aumento em 30% na produtividade da produção de cera de carnaúba

Publicada em 20 de Fevereiro de 2013 �s 13h52


  												Carnaúba: cera para o mundor						 (Foto:Divulgação)					Carnaúba: cera para o mundor (Foto:Divulgação)

Tradicional produto do Piauí, o pó da cera de carnaúba ficou em segundo lugar na pauta de exportação do Estado em 2012. A produção, que está presente em 140 dos 224 municípios do Estado, cresceu quase 50% no ano passado. Visando dinamizar a produção da cera pelos pequenos produtores, a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico (Sedet) está desenvolvendo um projeto de transferência tecnológica para instalação de secadores solares móveis em assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Segundo Warton Santos, secretário estadual do Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, o projeto visa modernizar a extração do pó da cera, melhorando sua qualidade e evitando o desperdício na produção. O objetivo é aumentar a produtividade e estimular o aproveitamento dos derivados da carnaúba como a palha, que pode ser usada na produção de vassouras e artesanatos, gerando mais renda às famílias beneficiadas.

“O uso de secador solar móvel deve aumentar em 30% a produtividade da cera. Outra vantagem é a mobilidade do equipamento que permite que seja utilizado em outras cidades”, enumera o secretário. Pesquisas apontam que, pelo método tradicional, produz-se, em um hectare de carnaúba, 160kg de pó, e com o uso do secador, 209kg.

O projeto prevê a fabricação de 20 secadores móveis que irão atender inicialmente assentamentos do Incra, nas cidades de Coivaras e Campo Maior. “Ainda estamos realizando o levantamento das comunidades que receberão o projeto que inclui, além da transferência de tecnologia, também a qualificação de produtores e a preservação das palmeiras”, acrescenta Warton Santos.

O secador solar é uma estufa montada em estrutura metálica, forrada no teto, nas paredes e no chão por lona plástica, e que resiste a intempéries como vento, chuva e temperatura elevada. Nela, as palhas são colocadas uma ao lado da outra, penduradas em varais e, sob temperaturas que chegam a 65°C, secam em 48h. Em seguida, é usado a derriçadeira, equipamento que em contato com as palhas derrubam o pó, que cai sobre a lona plástica.

“O uso do secador solar, além de aumentar a produção do pó cerífero e da cera, resulta em um produto mais limpo, já que o pó não tem contato com a terra, e de melhor qualidade e, por isso, com maior valor de mercado”, explica Ivani Lages, diretora de Indústria e Comércio Exterior da Sedet.

A tecnologia do secador foi desenvolvida pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e está sendo patenteada.  O secador, que será fabricado por empresas piauienses, está em fase de licitação. O valor do investimento é de R$ 627.000,00 com recursos do Fundo Clima do Ministério do Meio Ambiente e do Governo do Estado.



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Fonte: Governo do Estado �|� Publicado por:
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