Piaui em Pauta

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Recordista de gols em um jogo de Copa, Salenko ficou de fora do Brasil por trocar Rússia pela Ucrâni

Publicada em 17 de Junho de 2014 �s 16h00


 Hristo Stoichkov de um lado pelo Barcelona. Oleg Salenko do outro com o Valencia. A cada reencontro entre eles nos anos 90 pela Liga Espanhola, uma brincadeira sempre marcava as conversas. "O Stoichkov sempre me dizia que eu deveria ter ficado aliviado por ele não ter marcado um gol a mais com a Bulgária", relembra Salenko, em entrevista ao ESPN.com.br. Os dois foram artilheiros da Copa do Mundo de 1994, com seis gols, cada. Não é por isso, no entanto, que o atacante russo, que teve uma carreira apenas modesta após os Estados Unidos, segue sendo ainda hoje recordado. Em 28 de junho daquele ano, ele entrou para a história ao balançar as redes cinco vezes na goleada de 6 a 1 sobre Camarões e se tornar o recordista de gols em uma partida da competição. Depois de 20 anos, a realidade é outra para Salenko. Morando desde o fim de sua carreira em Kiev, na Ucrânia, ele caminha tranquilamente entre seus compatriotas, é mais destacado por seus problemas com álcool do que pelos gols em gramados americanos e ficou de fora da cobertura no Brasil. "Queria ter ido. Seria importante para mim após tudo que aconteceu em 1994, mas trabalho hoje como comentarista em uma emissora ucraniana e, como você sabe, a seleção não conseguiu a classificação", diz, pedindo para falar em espanhol. O ex-jogador, ainda assim, se diz tranquilo. Duvida que Lionel Messi, Cristiano Ronaldo ou mesmo Neymar serão capazes de bater a sua marca de cinco gols em um único jogo. "O futebol está hoje mais equilibrado. Não digo tecnicamente, mas fisicamente - os times se equivalem mais nesse sentido, então, o desgaste acaba sendo maior e somente uma catástrofe de um dos lados para que esses atletas consigam fazer tantos gols", analisa. Mesmo com a crise envolvendo Rússia e Ucrânia, Salenko não se diz dividido e assegura levar uma boa vida no novo país. A sua imagem ficou um pouco afetada somente anos atrás, após aparecer bêbado no ar para comentar sobre um escândalo de resultados armados. Chegou-se a especular que ele enfrentaria ainda dificuldades financeiras e teria tentado vender a chuteira de ouro de 1994 para aliviar as suas contas. No contato com a reportagem, ele nega e explica que esteve próximo, sim, de negociar o prêmio com um Sheik dos Emirados Árabes, porém, o dinheiro seria utilizado para organizar um campeonato para crianças carentes. O ex-atacante estará atento nesta terça-feira, a partir das 19h (de Brasília), na estreia da seleção russa na Copa, contra a Coreia do Sul, na Arena Pantanal, em Cuiabá, com transmissão dos canais ESPN e do Watch ESPN. Ele acredita num bom resultado do time comandado por Fabio Capello. "É claro que tivemos problemas como a perda de Shirokov (meio-campista e capitão) e ainda não temos certeza de como o setor de armação funcionará sem ele, mas não apostaria em uma surpresa sul-coreana contra a Rússia nesta noite", afirma. Ou madrugada para ele, na Ucrânia.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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