Imagem: Clique para ampliar O processo civil de abuso sexual de menor envolvendo o cineasta Bryan Singer (“X-Men”) sofreu uma reviravolta importante. O site BuzzFeed encontrou documentos em que Michael Egan, suposta vítima de Singer, afirma sob juramento que nunca viajou para o Havaí, o que contradiz todo o seu caso e escancara a suspeita de golpe.
Michael Egan entrou com uma ação contra Singer e outros três executivos da indústria de entretenimento, alegando que ele tinha sido drogado e estuprado em diferentes festas realizadas na Califórnia e no Havaí, entre 1998 e 1999, quando ele tinha 17 anos de idade. O foco principal do processo são as viagens que realizou como acompanhante de Singer e dos produtores.
Porém, num depoimento dado em 2003, Egan declarou explicitamente que nunca tinha ido ao Havaí, o que conflita diretamente com suas acusações. O depoimento em questão foi em relação a outro processo de abuso sexual, registrado em 2000 e que envolveu Egan e outras quatro pessoas. Os acusados nesse caso eram empresários da Internet.
Quando questionado sobre ter participado de viagens com os réus, Egan disse sob juramento que ele “nunca fez qualquer viagem para fora dos EUA continental”. Ele ainda especificou que nunca foi ao Havaí, dizendo que outra vítima tinha viajado para lá com os réus, mas ele não.
No depoimento, Egan ainda explicou que a razão de ele não ir com os outros em viagens para lugares como o Havaí e México é que, para isso, ele tinha que conseguir a aprovação da sua mãe. Ela “diria que não, trancaria a porta e não me deixaria ir”. Ele confirmou, então, que só participou de viagens “menores”, dentro dos EUA.
O advogado de Bryan Singer ainda não se manisfestou em relação à essa nova descoberta, mas já tinha revelado que possuía provas documentais (gastos em cartão de crédito e contas com ligações telefônicas), além de mais de 100 testemunhas, comprovando que o diretor estava no Canadá, filmando o primeiro “X-Men”, nas datas em que supostamente estaria fazendo orgias havaianas.
Já Paul Gaspari, advogado de Gary Goddard (outro dos acusados), afirmou que “este testemunho sob juramento confirma que Michael Egan nunca esteve no Havaí”, e que, com isso, é possível afirmar que as alegações “são comprovadamente falsas”.
Egan não está buscando justiça com os processos, já que não há queixa criminal. Ele entrou com processos civis em busca de compensação financeira, e esperava obter ao menos US$ 70 mil de cada acusado.