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Santander demitiu quatro por informe que irritou petistas

Publicada em 07 de Agosto de 2014 �s 07h31


Marcos Madureira, vice-presidente de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander Marcos Madureira, vice-presidente de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander Imagem: Ana Paula Paiva - 24.fev.2014/FolhapressMarcos Madureira, vice-presidente de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander  O Banco Santander demitiu quatro funcionários –e não apenas um, como se imaginava até agora– por causa do polêmico informe distribuído a clientes vips em julho, no qual descreve a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) como uma ameaça à economia do país. Enviada a correntistas de alta renda, a análise provocou reações agressivas do governo e do PT, que falaram em terrorismo eleitoral e em boicote contra o banco. O Santander assumiu ter cometido um erro e pediu desculpas publicamente. saiba mais Dilma, Aécio e Campos obtêm 99% das doações a presidenciáveis Cubanos do Mais Médicos têm prazo de validade de três anos, diz Aécio Eduardo Campos será o primeiro candidato a falar no horário eleitoral de rádio e TV Marina Silva apresenta Eduardo Campos a 2.000 pastores Pesquisa IPMN/JC: Dilma lidera corrida presidencial com 40% dos votos. Eduardo está com 30% Leia mais sobre Eleições 2014 No mercado financeiro, passou-se a especular que a direção do Santander teria cedido a pressões e promovido as demissões para acalmar Dilma e seu partido. "Não recebemos, e nem aceitaríamos, qualquer tipo de pressão externa para adotar as medidas que tomamos" disse à Folha Marcos Madureira, vice-presidente de Comunicação, Marketing, Relações Institucionais e Sustentabilidade do banco. O executivo não quis falar sobre o número de demitidos apurado pela Folha. Mas disse que foram dispensados por "desrespeitar" o código de conduta interno, que proíbe os funcionários de fazer "análises e posicionamentos com conteúdo político ou partidário" em nome do banco. "O descumprimento dessa diretriz nos colocou no centro de um debate político, que não nos cabe", afirmou Marcos Madureira. Os quatro demitidos eram da área Select, focada nos clientes com renda acima de R$ 10 mil por mês. A autora da análise, enviada junto com o extrato dos clientes, foi a gerente de investimentos. O trecho crítico dizia que, se Dilma melhorasse nas pesquisas, os juros e o dólar subiriam e a Bolsa cairia. Os outros três colegas perderam o emprego porque deixaram o texto passar desse jeito. A mais graduada era Sinara Polycarpo Figueiredo, superintendente da área. A Folha não conseguiu localizar os demitidos. À revista "Exame" Sinara disse: "Minha trajetória é impecável e bem-sucedida. Portanto, jamais poderá estar associada a qualquer polêmica". AGRESSIVIDADE No mercado financeiro, houve surpresa com a reação do governo e a agressividade do PT. Em sabatina promovida pela Folha em parceria com o portal UOL, o SBT e a rádio Jovem Pan, Dilma disse que o episódio era "lamentável" e inadmissível". O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a responsável pela análise não entendia nada de Brasil. "Pode mandar ela embora e dar o bônus dela para mim". Os presidentes de dois bancos e de um fundo de investimentos estrangeiros pediram para não ter seus nomes publicados, mas disseram que o governo teria usado o episódio para explorar politicamente o papel de vítima do mercado financeiro. Afirmam que o episódio os deixou inseguros e por isso aumentaram os filtros sobre as análises que produzem, para torná-las "menos enfáticas", como disse um deles.

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Fonte: Vooz �|� Publicado por:
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