Piaui em Pauta

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Estima-se que existam no mundo entre 12 a 27 milhões de pessoas escravizadas nos

Sasc participa de ações educativas de combate ao trabalho escravo

Publicada em 28 de Janeiro de 2016 �s 16h46


Nesta quinta-feira (28), é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo e, em alusão à data, o Fórum Estadual de Enfrentamento e Combate ao Trabalho Escravo, que é constituído por entidades governamentais e não-governamentais, está promovendo, em alguns pontos da cidade de Teresina, blitzen educativas. Durante a ação estão são distribuído materiais que denunciam o trabalho análogo à escravidão no Piauí. 

A escravidão ocorre tanto no meio urbano quanto no meio rural, com violações de direitos trabalhistas somadas às violações de direitos humanos. Ela é o oposto do trabalho digno e está associada à violência física e psicológica, ameaças, retenção de documentos, alojamento precário, dívida contraída ilegalmente, água e alimentação impróprias para o consumo, dentre outras violações.

Estima-se que existam no mundo entre 12 a 27 milhões de pessoas escravizadas nos diversos ramos da indústria, serviços e na agricultura. Em geral, os trabalhadores escravos provêm de regiões muito empobrecidas, com pouco acesso à educação, saúde e ao trabalho formal. São locais onde as leis de proteção são fracas, ou sua aplicação é restrita, de forma que a ação dos aliciadores é facilitada. A maioria dos trabalhadores são constituídos por jovens do sexo masculino com idades entre 18 e 39 anos de idade. Muitos são forçados a se deslocar de sua região de origem em busca de oportunidades e aliciados para este tipo de trabalho.

Um dos principais instrumentos legais de enfrentamento ao trabalho escravo é a atualização semestral da chamada Lista Suja do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Essa lista corresponde a um cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas às de escravo. Na atualização de julho de 2014 disponibilizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego constam 609 empresas ou pessoas físicas autuadas por utilizarem mão de obra escrava no Brasil.

O Piauí possui 16 empregadores na lista suja que atuam em diversas áreas como construção civil, plantio da soja, produção de carvão mineral, dentre outras, distribuídas nos seguintes municípios: Teresina, Barreiras, Manoel Emídio, Alvorada do Gurguéia, Corrente, Morro Cabeça no Tempo, Nazaré do Piauí, Parnaguá, Redenção do Gurguéia, Bom Jesus, Santa Filomena, Oeiras, Palmeirais do Piauí e Barreiras do Piauí.

A Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania está representada no fórum através da gerência de Enfrentamento do Trabalho Escravo que pertence à Diretoria de Direitos Humano da Sasc. “A pedido do governador Wellington Dias, criamos uma gerência para tratar exclusivamente do combate ao trabalho escravo em todo o território do nosso Estado”, destacou o secretário da Sasc, Henrique Rebêlo.

“Essa prática abusiva, viola os direitos inalienáveis a pessoa humana, que é o direito ao trabalho digno e livre”, lembrou a diretora dos Direitos Humanos da Sasc, Conceição Silva.

“A busca pela erradicação dessa prática ilegal é constante. Além de destacar a atuação de diversos atores que diariamente lutam contra essa expressão da questão social é importante, que todos fiquem atentos e denunciem, pois trabalho escravo é crime”, enfatizou a gerência de Enfrentamento do Trabalho Escravo da Sasc, Vivianne Moura.



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Fonte: Governo do Estado �|� Publicado por:
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