Maior contratação da história do Palmeiras, Miguel Borja procurou vídeos de grandes nomes do futebol brasileiro nos últimos dias. Com dificuldade de se adaptar ao estilo de jogo, o atacante colombiano decidiu assistir a lances de Ronaldo e Ronaldinho, mas ouviu de Alejandro Guerra, seu companheiro de clube desde o Atlético Nacional, que não precisava disso.
– Não tem que ver vídeo dos demais jogadores, tem que ver vídeo dele mesmo, do que ele fez no Atlético Nacional. Mas ele está tranquilo, porque sabe que pode dar mais. Estou certo de que dentro de pouco tempo ele vai começar a fazer o que ele mais gosta, que é gol. Quando faz gol, está feliz - disse o meia venezuelano, que concedeu entrevista nesta terça-feira, dois dias depois de ter feito os gols da vitória por 2 a 1 sobre a Ponte Preta, em Campinas.
– Ele me falava outro dia que via vídeos de Ronaldo, Ronaldinho. Falei para ele que não precisava. São bons jogadores, você tem que olhar o melhor deles. Mas ele tem que ver vídeo do que ele mesmo fez no ano passado, com o Atlético Nacional. Que melhor motivação do que ver você mesmo? – questionou o camisa 18.
Juntos, os dois conquistaram a Libertadores de 2016. Guerra foi o eleito o melhor jogador do torneio sul-americano, e Borja, inscrito apenas na semifinal, anotou cinco gols em quatro partidas. Agora no Palmeiras, o venezuelano (com seis gols em 23 jogos) tem se dado melhor do que o atacante, que ultimamente não vem sendo primeira opção do técnico Cuca no time titular.
– A adaptação não é fácil. O futebol brasileiro é muito mais dinâmico, tem muito mais contato com jogador. A diferença entre Borja e eu, posso dizer que é ter um pouco mais de experiência, de idade. O Miguel precisa só de confiança, e ele tem confiança de professor Cuca, de todos os companheiros, da torcida, da diretoria – comentou o jogador da seleção venezuelana, prestes a completar 32 anos.
– Mas ele está tranquilo, porque sabe que pode dar mais. Ele quer fazer gol, gol, gol, e eu entendo, porque atacante vive de gol. Temos falado para que esteja tranquilo, que jogue como sabe.
No entendimento da comissão técnica, Borja precisa tem tido dificuldade para se entrosar às linhas de marcação, algo que fazia seu antecessor, Gabriel Jesus. Diante do insucesso – ao menos momentâneo - do colombiano, a diretoria busca outro reforço para o ataque. O nome da vez é Diego Souza, que poderia atuar tanto como meia quanto como falso 9.
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