Em uma partida em que foi dominado por quase todo o tempo, o Flamengo, mesmo jogando muito mal, arrancou um empate por 1 a 1 com o Lanús, da Argentina, na sua estreia pelo Grupo 2. O time carioca saiu na frente com Léo Moura no fim do primeiro tempo, mas cedeu a igualdade na segunda etapa. Com o resultado, os dois somam um ponto e ficam na segunda colocação. O Emelec, do Equador, é o líder com três pontos. O Olimpia, do Paraguai, ainda não pontuou.
O Flamengo inicia a sua campanha na fase de grupos da Libertadores tentando esquecer a crise que assola a Gávea. Depois de uma queda de braço com Ronaldinho Gaúcho, o técnico Vanderlei Luxemburgo foi demitido após passar pelo Real Potosí, da Bolívia, na fase preliminar do torneio continental.
O time também conseguiu acertar a pendência que tinha com o camisa 10. Além disso, contratou o centroavante Vágner Love do CSKA, da Rússia.
Além de suplantar o conflito interno, o rubro-negro carioca também queria apagar a péssima impressão que deixou nas suas últimas participações. Em 2002, o Flamengo foi eliminado na primeira fase; em 2007 caiu diante do Defensor nas oitavas de final; em 2008, com Joel no comando, foi batido pelo América do México nas oitavas de final de forma vexatória depois de vencer fora de casa por 4 a 2 e ser derrotado em pleno Maracanã por 3 a 0; e, em 2010, foi eliminado pelo Universidad de Chile nas quartas de final.
O Lanús foi campeão argentino em 2007. Mas no último campeonato argentino, o Apertura 2011, o time caiu. Foi apenas o sexto. Seu nome mais famoso é o ítalo-argentino Mauro Camoranesi. Porém, uma lesão o tirou do jogo.
Com isso, Valeri era a principal peça no meio de campo argentino. Era ele quem distribuía as bolas. O time explorava as subidas dos laterais brasileiros, Léo Moura e Júnior César. Com isso, criava chances. Felipe teve que fazer grandes defesas em chutes de Juan Neri e Araújo.
Isso levou Joel a pedir mais marcação por parte do sistema defensivo carioca, que chegava atrasado em todas as jogadas.
O Flamengo conseguiu equilibrar um pouco as ações e até assustou em uma cobrança violenta de falta de Renato, mas a bola saiu por cima do travessão.
O bom momento dos visitantes durou pouco. E o Lanús voltou a pressionar através das incessantes triangulações e jogadas pelas laterais. Felipe fez nova defesa em chute de Pavone. E depois teve sorte ao ver chute de Neira explodir no travessão.
O Flamengo, nas poucas vezes que tinha a bola, trocava passes de um lado para o outro, mas sem nenhuma objetividade. Faltava profundidade aos comandos de Joel Santana.
Deivid e Ronaldinho jogavam muito recuados, buscando a bola e auxiliando a marcação.
A tônica no primeiro tempo foi o Lanús incomodando o Flamengo e explorando as costas dos laterais rubro-negros. Parecia que o técnico Gabriel Schürrer, sabia do perigo dos dois.
E foram justamente eles quem criaram a jogada do gol do time carioca. Ela começou em uma defesa de Felipe, que soltou a bola para Léo Moura. Depois de 15 trocas de passes, Ronaldinho passou para Renato, que serviu Júnior César. Ele foi à linha de fundo e cruzou. A bola passou por toda a área sem que nenhum zagueiro do Lanús cortasse e parou nos pés de Léo Moura, que havia iniciado o ataque no campo de defesa. Ele só teve o trabalho de empurrar para as redes de Marchesín, aos 45min.
O gol saiu no único arremate carioca que acertou o arco argentino. O time voltou ainda mais recuado para a segunda etapa, com todos os jogadores atrás da linha que divide o gramado.
Assim, sem espaços, restou ao Lanús atacar pelo alto, com cruzamentos na área brasileira.
E chegou ao empate. Se o gol do Flamengo teve toda a técnica brasileira, o tento do Lanús teve a garra argentina. Ledesma dividiu com Junior Cesar e a bola sobrou para Valeri. Ele cruzou para Pavone, que ajeitou para Carranza. O atleta chutou sem chances para Felipe. Era o empate do Lanús, aos 29min.
Após a igualdade, a partida voltou a ficar equilibrada. O Flamengo teve duas chances com Bottinelli e Deivid, mas eles erraram o alvo.
O Lanús respondeu com Pavone, só que Felipe defendeu. Mas não havia tempo para mais nada e o resultado permaneceu.
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