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Luxa chama Romário de gênio ap

Luxa chama Romário de gênio apesar de brigas e se diz pronto para Seleção.

Publicada em 02 de Agosto de 2014 �s 09h21


 Experimente procurar a história de Vanderlei Luxemburgo na internet. Se como jogador os números são mínimos, com passagem marcante apenas pelo Flamengo, onde fez 153 jogos, como treinador marcou época, com uma lista extensa de títulos conquistados e muitos clubes dirigidos. Também já comandou a seleção brasileira. Em entrevista ao “SporTV News”, se mostrou ainda com muita sede de conquistas, agora no comando do Flamengo, e sem descartar um retorno à Seleção: “Sou preparado” (assista ao vídeo).
Nessa entrevista sem censura, Luxemburgo voltou a ressaltar a intenção de ser presidente do Flamengo, mas não descartou voltar a ser técnico da seleção brasileira. Além disso, defendeu os treinadores do país e rechaçou um técnico estrangeiro no cargo à frente do Brasil. Ainda teve conversa sobre títulos, Romário e muito mais. Confira:
Bruno Côrtes: Trinta e quatro anos de carreira, 36 times comandados, entre eles a seleção brasileira, 25 títulos, entre eles cinco brasileiros. Vanderlei Luxemburgo ainda tem gás para fazer muita coisa?
Luxemburgo: Tem. Motivação para ganhar. Não adianta, que você não perde isso, está no seu DNA, você quer competir, ganhar. Chegar na final e ganhar.

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Bruno Côrtes: O que te fez aceitar o convite do Flamengo?
Luxemburgo: Flamengo não contrata, Flamengo convoca a gente. Sou rubro-negro, todo mundo sabe. É um momento delicado do Flamengo, mas um momento importante, com possibilidade de recuperação financeira, estabilidade, crescimento do clube. Vim aqui para dar minha contribuição como rubro-negro nessa caminhada para o Flamengo sair dessa confusão e, depois, através do futebol e da administração, o clube crescer.
Bruno Côrtes: Ainda está na sua cabeça um dia fazer algo maior no Flamengo, como ser presidente?
Luxemburgo: Esse é o pensamento que tenho. Quanto mais você está envolvido na sua empresa, mais você está dentro do projeto. Técnico no Brasil tem que ser gestor de futebol. Não quer dizer que não tem que ter diretor financeiro, diretor técnico.
Bruno Côrtes: Por que no Brasil você recebeu mais críticas do que elogios em relação a isso?
Luxemburgo: Acabar com essa coisa de técnico que fala: “ah, sou só técnico de futebol”. Técnico tem que ser responsável pelo futebol e criar linha nos departamentos, formar jogador, criar e formar.
Bruno Côrtes: É o momento de repensar o futebol brasileiro depois do que aconteceu na Copa?
Luxemburgo: O que tem que repensar é a modernização e reconstrução do futebol brasileiro na sua estrutura, que está muito falida. O que aconteceu na Copa é estudo muito maior, que não passa só pelo técnico, você vê um Brasil totalmente descaracterizado de sua cultura. Estão esquecendo da essência do futebol brasileiro, que é formar jogador na cultura do futebol brasileiro. E voltar a trazer ex-jogadores de futebol para as categorias de base. Você vê periodização tática, como vai criar isso num menino de 12 anos? Ele tem que jogar bola, não tem que dar tática para esse moleque. Aí entra o head coach (manager).

Bruno Côrtes: O que você acharia de ver um técnico estrangeiro comandando a Seleção?
Luxemburgo: Não, na Seleção, não. A Argentina nunca teve técnico estrangeiro, a Alemanha nunca teve técnico estrangeiro, a Itália nunca teve técnico estrangeiro, o Brasil nunca teve técnico estrangeiro. São os maiores ganhadores. Tem que repensar não é a vinda de técnico estrangeiro, é o intercâmbio que tem que fazer. Se trouxer Mourinho, Guardiola e falar assim: “Você vai dirigir Flamengo, Corinthians, nessa estrutura aqui”, não vai acontecer nada. Agora, se trouxer o Mourinho e outros grandes técnicos estrangeiros para ficar no Brasil cinco, 10 anos, eles vão ganhar.
Bruno Côrtes: Ainda pensa em Seleção? Em Copa do Mundo?
Luxemburgo: Sou preparado para a Seleção. Pelo meu nível, pelas coisas que já fiz, merecia, mas se não der, fazer o quê?
Bruno Côrtes: Desses caras todos com quem você trabalhou, Ronaldo, Zidane, Roberto Carlos, Beckham, Ronaldinho Gaúcho, Djalminha, Romário, Edmundo, dá para dizer qual foi o maior com quem você trabalhou?
Luxemburgo: Acho o Romário o melhor, foi acima da média. Até tivemos briga para mais de metro. Ele é gênio, Romário é gênio. As coisas são muito simples para ele.

Bruno Côrtes: Mudou o que do Vanderlei do início para o de hoje? Continua perfeccionista, mais tolerante, mais brigão?
Luxemburgo: Luxemburgo quando treina xinga, fala palavrão... É minha maneira de ser...
Bruno Côrtes: Título que você não tem ainda é algo que te desafia, como, por exemplo, a Libertadores?
Luxemburgo: Título (seria) com o Palmeiras de 94. Jogaram o jogo para depois da Copa do Mundo. Ficamos três semanas na China e voltamos três dias antes do jogo com o São Paulo (nas oitavas de final). Essa era a Libertadores que tinha que ganhar. Para você ganhar a Libertadores é sequência de trabalho, tem que frequentar a Libertadores, primeira temporada, segunda, terceira... Se o Cruzeiro ganhar esse Brasileiro e voltar para a Libertadores, ano que vem vai ser o grande favorito. Sabe por quê? Vai identificar o que faltou nessa, vai dar tiro certo naquilo que faltou. Tenho condições de conquistar, ainda vou trabalhar em futebol, mas é uma competição diferente.
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Fonte: globo �|� Publicado por: Da Redação
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