São Paulo e Corinthians poderiam decidir nesta quarta uma semifinal de Libertadores. Era um cruzamento possível caso tivessem avançado na competição. Como ambos foram eliminados nas oitavas de final, só lhes restou a Recopa Sul-Americana. O primeiro jogo da final é nesta quarta, às 21h50, no Morumbi.
Esse torneio menor, fruto de campanhas vitoriosas ano passado na Sul-Americana (São Paulo) e na Libertadores (Corinthians), simboliza ainda mais o momento de cada um. É a chance de um recomeço no meio da temporada.
Para o São Paulo, serve para apagar um primeiro semestre que passou sem deixar saudades e que teve um triste e repetitivo roteiro. Na mesma semana o time foi eliminado na semifinal do Campeonato Paulista pela sétima vez consecutiva e caiu na Libertadores pela sexta vez seguida diante de um clube brasileiro. Após os resultados decepcionantes, a diretoria afastou jogadores e a comissão técnica pôs o elenco em ritmo de concentração para se preparar para a sequência da temporada.
"O primeiro semestre não foi bom, mas temos a oportunidade na Recopa de conquistar um título contra um rival, e isso é muito importante para o clube e para os torcedores", disse o meia Jadson.
O Corinthians afogou as mágoas da eliminação na Libertadores vencendo o Paulistão. Mas iniciou muito mal o Brasileiro. E pior: perdeu Paulinho, seu principal jogador. Jorge Henrique também saiu e podem seguir o mesmo caminho Chicão e Emerson Sheik (leia abaixo). O campeão mundial vive um momento de transição.
No São Paulo, Ney Franco ainda não sabe o que quer ou ainda não descobriu qual a melhor forma de o São Paulo jogar. Ele não se decide se joga com Ganso e Jadson juntos no meio de campo ou se saca o ex-santista para escalar Aloísio. Fechou os últimos treinos para a imprensa e vai levar essa dúvida até momentos antes da partida.
O ponto de interrogação sobre o esquema tático do time tem sido recorrente ao longo da temporada. E isso pode ser fatal para a sobrevivência do treinador no cargo. A equipe começou no 4-3-3, formação usada no fim do ano passado, mas depois trocou pelo 4-4-2, quando Ganso subiu de produção e deu mais consistência ao meio de campo.
Em meio a inconstâncias nas escalações e nos resultados, o time e o treinador estão pressionados e sabem que um título internacional em cima do rival é capaz de marcar uma reação na temporada. O primeiro passo dessa tarefa é conquistar um resultado positivo na partida de ida, no Morumbi, onde o São Paulo não derrota o Corinthians há seis anos.
Sem mistério. Tite não titubeou e definiu Guilherme como substituto de Paulinho. No último treino, coube ao novo titular dar o ritmo do time no meio de campo e criar jogadas pelo lado direito com Edenílson e Danilo. Guilherme também arriscou longos cruzamentos para Emerson, que vai jogar aberto pela esquerda. O Corinthians vai jogar no seu conhecido esquema 4-2-3-1, com Guerrero na frente. A repetição dessa formação é a melhor arma do time.
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